2ª Parte: Outros amigos do banco


Continuando a série ‘Amigos do Banco’, foi no ano de 2008 que, sentados no “banco” universitário para um concurso público, estávamos em 20 candidatos, dentre os quais dois viriam a se tornar meus amigos.

 

Um deles, inicialmente, me conquistou pela ‘cerveja’, pois terminada a primeira fase do concurso me convidou para apreciarmos um chá de cevada em um bar da cidade, que outrora eu era um forasteiro.

 

Essa primeira conversa deu tanta “liga” que já repetimos isso dezenas de vezes, sendo que no meio do caminho tivemos oportunidade de estreitarmos os laços pessoais e familiares, tendo ele aberto as portas de sua casa e de seus parentes pra mim. Não foram poucas as vezes que dividimos o mesmo banco, seja em sua casa (no grande banco de concreto) ou no quintal dos sogros dele (no ‘madeiro’).

 

Talvez ele não saiba, mas tenho certo remorso, pois desconfio que lhe canso e lhe atormento com minhas ideias; logo, não conseguindo retribuir equivalentemente tudo o que esse grande amigo (e também sua esposa e outros parentes) já fez por mim e pela minha família. Receba meu pedido de perdão, meu amigo!

 

Lembro-me que - embora eu fosse um forasteiro - antes da nossa segunda ‘cervejada’ ele me levou na casa dele para conhecer a esposa e filhos. Dentre as inúmeras ajudas que se sucederam, ele e a esposa me auxiliaram na procura de imóvel, compra de produtos de limpeza, indicação de médicos e muito mais. Por isso, e pela sua amizade, serei eternamente grato.

 

Já a segunda amizade foi iniciada pela tristeza. Isso pois, embora tivéssemos sido aprovados para as duas vagas disponíveis, o concurso foi anulado com a reconvocação dos 20 candidatos para realizarem novamente todas as etapas do certame.

 

Assim, do “limão saiu uma limonada”, pois passamos a vibrar e torcer um pelo outro na nova disputa. Telefonemas, e-mails, e nada mais! No segundo concurso tivemos a oportunidade de, sentados num “banco” de cimento perto da Reitoria, conversarmos mais um pouco sofre a angústia da anulação do primeiro e das chances no segundo concurso.

 

No dia em que saiu o resultado do segundo concurso, foi acordado pela minha esposa – lá pelas duas horas da madrugada – em razão de um telefonema dessa “pessoa” que efusivamente queria me dar a notícia de que ambos tínhamos sido aprovados novamente.

 

Embora não tenhamos uma convivência cotidiana, em razão de essa pessoa ser muito ‘chic’ e de outra classe social, fico sempre muito feliz quanto tenho oportunidade de conversar ‘pessoalmente’ com ela. Isso porque, quando recebo ligações dela é sempre desesperador pra mim; pois, ela só me liga para pedir coisas urgentes, as quais me fazem “gelar a barriga” !

 

Foi com ela que eu, minha esposa e meus filhos aprendemos a comer bolo com geleia. Coisa de gente fina!

 

Fla e Lu recebam minha singela homenagem; sendo duas amizades que surgiram do “banco”. Outras dessas são possíveis? Acho que a essa altura meu leitor já sabe qual é a resposta, bem como o que penso sobre como as pessoas têm utilizado e “endeusado” o celular.