Família é descongelada e pede ajuda

 

É saudável adaptar-se a sociedade moderna ?

 

Congelada há 30 anos, família é descongelada. Tratou-se de um congelamento de ordem social, talvez moral.

 

Essa família, que chamaremos de “retro”, agora descongelada está ‘doente’ em razão das dificuldades para se adaptar à “modernidade” e para interagir com outras famílias (adultos e crianças).

 

Assim, a família “retro” está procurando:

 

- pessoas que possam visitá-los em casa sem pedir a senha do wi-fi;

 

- pessoas que possam dividir uma mesa para refeição e/ou entabular uma conversa sem o ‘tic’ de periodicamente manusear os aplicativos do smartphone (imaginando que podem controlar tudo e todos);

 

- pessoas que, tendo vida espiritual, que não saiam da igreja para ‘mexer’ no celular;

 

- crianças cuja primeira opção de “brincadeira” NÃO seja com o celular, tablet, computador ou videogame;

 

- crianças que respeitem hierarquicamente seus pais;

 

- pais e mães que se façam respeitar pelos seus filhos (afinal democracia é para ambientes politizados, não para o ambiente familiar, em que pai e mãe são os que ‘mandam’ e os filhos obedecem; não o contrário);

 

- pais e mães que não fiquem ‘comprando’ seus filhos com inúmeros e intempestivos presentes;

 

- pais que tenham mais tempo para seus filhos e menos para seus “escapes” (excesso de trabalho, futebol, cervejadas, fitness, ciclismo, motociclismo, etc.). Em matéria familiar, “tempo de qualidade” é uma falácia (falsidade), pois nessa área qualidade envolve SIM quantidade de tempo com os filhos e cônjuge;

 

- mães, que embora exteriorizem que seus filhos são sua maior “preciosidade”, preferem mais a carreira profissional ao exercício da maternidade (a qual não se resume a gestação, parto e aleitamento; vai muito além...);

 

- em áreas públicas, pessoas que estejam abertas para um conversa informal ou, ao menos, um mero cumprimento, pois o que se vê são pessoas ‘fechadas’ com seus MEGAfones de ouvidos e/ou ‘telinhas’;

 

- pessoas que apreciem músicas que tenham letras razoáveis e/ou ritmos que estimulem danças sadias. Afinal, atualmente prevalecem os sons com arranjo musical praticamente igual (como os tecnobregas) e/ou com letras de conteúdo de gosto duvidoso, como os funks. 


Mas, de acordo com o filósofo indiano Jiddu Krishnamurti: “não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente.”

 

E, complementa o especialista em (in)amizade, Dr. Whats App: “a tecnologia aproxima os que estão longe e afasta os que estão perto.”